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Às vésperas da 86ª edição da São Silvestre, o pernambucano admira a coragem de Marílson assumir que chega para ganhar na sexta-feira. "Eu não falaria isso nunca. É bem mais fácil correr sem falar", acredita. |
Para José João, porém, o fato de Marílson ter disputado a Maratona de Nova York em 7 de novembro pode atrapalhar - na ocasião, o brasileiro não conseguiu garantir seu terceiro título nos Estados Unidos e teve que se contentar com o sétimo lugar.
"Isso pesa muito porque a primeira parte da São Silvestre é muito difícil. Se a musculatura não está adaptada para o trecho veloz da descida Consolação, ele pode sentir. E o Marílson não foi a Nova York para brincar, mas sim para ganhar e pode ser que ainda não esteja totalmente recuperado", destacou o experiente José João, que minimiza até as próprias declarações do brasiliense, que assumiu o favoritismo para a prova do último dia do ano. "A São Silvestre é uma priva dura e que engana: você acha que está bem, mas não está", destaca.
Para ele, o bom desempenho de Marílson este mês na prova Sargento Gonzaguinha, também de 15 quilômetros em São Paulo, não pode ser levado em consideração, mesmo com a vitória quase dois minutos à frente do segundo colocado. "São provas totalmente diferentes: enquanto a Gonzaguinha é plana, a São Silvestre está sempre subindo ou descendo", justifica.
Por outro lado, na avaliação de José João, a volta de Marílson à tradicional prova após quatro anos pode beneficiar outro brasileiro, Franck Caldeira. Último brasileiro a triunfar, em 2006, o mineiro sentiu a pressão de ser a grande estrela nacional da prova desde então e abandonou em 2007 e 2008, além de ter chegado apenas em 23º no ano passado. "Ele é o tipo da zebra que dá conta do recado", analisa José João.
Carolina CanossaSão Paulo (SP)